Este projeto propõe um modelo de gerenciamento de saúde para hospitais, denominado uHospital, que tem como foco central o prontuário eletrônico do paciente, denominado de Registro Eletrônico de Saúde (RES), aliado aos conceitos de computação móvel e ubíqua , e da ciência de contexto.
Essas ideias têm recebido pela comunidade científica duas denominações: saúde ubíqua, monitoramento da saúde do paciente de qualquer lugar e a qualquer momento, e cuidados ubíquos, serviços convenientes aos pacientes que facilitam o diagnóstico clínico.
Para fazer uso desses conceitos, o modelo propõe a criação de um prontuário eletrônico pessoal (do inglês Personal Health Record – PHR), armazenando todas as informações relacionadas com a saúde da pessoa de forma individual, incluindo exames, diagnósticos e até mesmo dados proveniente de sensores corporais usados pelo próprio usuário.
A popularização dos dispositivos móveis e o crescimento do emprego de sensores corporais (wearables), permite às pessoas interagir com o seu prontuário eletrônico pessoal, a partir dos tablets e smartphones, combinando as informações armazenadas em seus prontuários eletrônicos com sinais vitais que vem sendo constantemente monitorados.
O uHospital emprega ontologias que serão construídas a partir de padrões internacionais e estabelecidos da área da saúde, como o OpenEHR. Com uso das técnicas de web semântica, como uso de inferências, será possível a detecção das possíveis situações e definição dos riscos à saúde do paciente.
O uHospital usa as informações relacionadas com o ambiente ou como os próprios usuários, denominado de ciência de contexto. Mais especificamente, a proposta foca no uso de um tipo especial de ciência de contexto denominada de ciência de situação (do inglês situation awareness), em que diversos tipos de contexto são agregados para gerar uma visualização mais complexa. Nessa abordagem, a aplicação ciente de situação interage com o usuário, aprende com o comportamento e suas ações.
O modelo proposto faz uso das nuvens computacionais móveis, nas quais parte do armazenamento de dados e do processamento ocorrem fora do dispositivo usado. São considerados também aspectos de privacidade e segurança, através do uso de padrões de criação de identidade. Para minimizar o problema da interoperabilidade, a solução é baseada em um conjunto de padrões internacionais com o HL7, a ISO/TR 20514:2005 e a ISO/TR 14292:2012.
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Mestrando pelo Programa Interdisciplinar de Pós-Graduação em Computação Aplicada (PIPCA) da UNISINOSPIPCA - Currículo Lattes
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